Fabrizio Di Masi, Gabriel Costa e Silva, Danielli Braga de Mello, David Szpilman, & Mike Tipton. Deaths in Open Water Swimming Races in Brazil from 2009 to 2019. Int J Exerc Sci 15(6): 1295-1305, 2022.
Since the inclusion in the Olympic Games (2008), open swimming races have attracted greater media attention and, therefore, have a greater number of practitioners, especially in Brazil, an extremely favorable country for this sport. However, increasing reports of fatal incidents in open water races brought the medical and scientific community to attention. The aim of this study was to review the characteristics of deaths in open waters events in Brazil from 2009 to 2019. The survey was divided into 3 steps: 1) contacting sports-related federations and companies, including swimming and triathlon federations, master associations and event organizing companies; 2) internet search; and 3) personal communication with athletes, coaches, organizers, and health personnel. A total of 12 deaths were observed in open water swimming races, including triathlon swimming segment races in Brazil from 2009 to 2019. The average was 1.1 deaths per year, whereas in the last 3 years (2017-2019) the average was 3 deaths per year. The male participants accounted for 11 deaths (91.7%), the average age was 47 years old, experienced athletes were more affected (80%), and incidents occurred mainly in ocean waters (75%). The increase of deaths in the last 3 years draws attention, and the best way to reduce the deaths by drowning in open waters in Brazil, is to understand the profile and causes, to propose solutions.
Desde a inclusão nos Jogos Olímpicos (2008), as provas abertas de natação atraíram maior atenção da mídia e, por isso, contam com um maior número de praticantes, principalmente no Brasil, país extremamente favorável a esse esporte. No entanto, crescentes relatos de incidentes fatais em coompetições de mar aberto chamaram a atenção da comunidade médica e científica. O objetivo deste estudo foi revisar as características das mortes em eventos de águas abertas no Brasil de 2009 a 2019. A pesquisa foi dividida em 3 etapas: 1) contato com federações e empresas relacionadas ao esporte, incluindo federações de natação e triatlo, associações de master e empresas organizadoras de eventos; 2) busca na internet; e 3) comunicação pessoal com atletas, treinadores, organizadores e pessoal de saúde. Foram observados 12 óbitos em provas de natação em águas abertas, incluindo provas do segmento de natação de triatlo no Brasil de 2009 a 2019. A média foi de 1,1 óbitos por ano, enquanto nos últimos 3 anos (2017-2019) a média foi de 3 óbitos por ano. Os participantes do sexo masculino foram responsáveis por 11 óbitos (91,7%), a média de idade foi de 47 anos, os atletas experientes foram mais afetados (80%) e os incidentes ocorreram principalmente em águas oceânicas (75%). Chama a atenção o aumento de óbitos nos últimos 3 anos, e a melhor forma de diminuir as mortes por afogamento em águas abertas no Brasil é entender o perfil e as causas, para propor soluções.