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GUARDA-VIDAS SE ARRISCARAM PARA SALVAR UMA VÍTIMA
Foi somente quando o guarda-vidas Rich Griguoli e seus três colegas viram a água toda vermelha ao seu redor que notaram que o perigo era iminente. Embora alguém tenha dado o alarme de que um tubarão havia pego uma nadadora, foi somente quando se depararam com Débora Franzman dentro da água que entenderam a situação em que se encontravam. Esta situação ocorreu em Ávila, San Luis Obispo County, Califórnia, EUA. Quando a encontraram, ela estava emborcada com uma grande lesão no corpo, foi quando os guarda-vidas começaram a sentir medo. Eles se olharam e todos pensaram ao mesmo tempo “temos que sair daqui rapidamente” e foi o que fizeram. Seus esforços foram em vão e Débora foi considerada morta ao chegar a areia. Ela foi a 10a pessoa a morrer de um ataque de tubarão na Califórnia desde 1952 e já não havia ataques desde 1994. O exame do legista confirmou a morte provocada por um ataque de tubarão branco estimado entre 5 e 6 metros, que arrancou parte de sua cintura provocando uma hemorragia intensa pela artéria femoral. Provavelmente ela já estava morta quando os guarda-vidas entraram na água para socorrê-la.
Débora
era conhecida como uma excelente nadadora, praticava sua natação entre focas e
leões marinhos diariamente antes do trabalho e completava regularmente provas
de triathlon. Ela era professora de sociologia e amava aventuras! Treinava
naquele local há 10 anos.
As
autoridades proibiram as pessoas de se banhar na praia, mas ninguém respeitou a
proibição e no dia seguinte já haviam pessoas surfando nesta praia.
Ela
estava a 75 metros da praia em um local com 20 metros de profundidade, usando
roupa de borracha e nadadeiras quando foi atacada pelo tubarão. Seu parceiro
que a acompanhava da praia percebeu o ocorrido e gritou por ajuda dos 4
guarda-vidas que ali estavam treinando para competições de salvamento. Sem
pestanejar os 4 correram pelo píer próximo e se atiraram na água. Pessoas na
praia estavam gritando sobre o ataque de tubarão.
Algumas
pessoas disseram que os 4 são heróis, mas os guarda-vidas afirmaram, embora
com muito medo, estarem apenas fazendo seu trabalho e eles acreditaram que eram
a única chance desta vítima em sobreviver.
COMENTÁRIOS:
Embora a situação seja uma tragédia, ela representa uma raridade.
O ser humano não faz parte da dieta alimentar do tubarão branco e é comum que após a investida ele largue a vítima. É provável que não consiga identificar direito qual é o animal em questão mas nunca ataca pensando ser uma foca ou outro animal.
A
morte nestas situações ocorre por hemorragia e choque e raramente é
secundária a afogamento, a não ser que a lesão não seja importante.
Locais no mar onde tenha riqueza de focas e outras fontes de alimentos de tubarões são locais mais perigosos de ocorrer um ataque.
Como tomar a decisão de entrar ou não na água para realizar o socorro, é algo que somente cada guarda-vidas poderá decidir quando e se chegar sua hora.