APACHE - Acute Physiologic and Chronic Health Evaluation

 Escore APACHE II

a) ESCORE FISIOLÓGICO AGUDO
Variáveis fisiológicas

+4

+3

+2

+1

0

+1

+2

+3

+4

Temperatura retal (C)

> 41

39-40,9

 

38,5-38,9

36-38,4

34-35,9

32-33,9

30-31,9

< 29,9

Pressão arterial média mmHg

>160

139-159

110-129

 

70-109

 

50-69

 

< 40

Frequência cardíaca bpm

> 180

140-179

110-139

 

70-109

55-69

40-54

< 39

 
Frequência respiratória irpm   (ventilados ou não)

> 50

35-49

25-34

12-24

10-11

6-9

 

< 5

 
Oxigenação A-aDO2                  
a) FiO2 > 0,5 A-aDO2

>500

350-499

200-349

 

< 200

       
b) FiO2< 0,5   PaO2        

>70

61-70

 

55-60

< 55

pH Arterial

> 7,7

7,6-7,69

 

7,5-7,59

7,33-7,49

 

7,25-7,32

7,15-7,24

< 7,15

Sódio sérico (mEq/L)

> 180

160-179

155-159

150-154

130-149

 

120-129

111-119

< 110

Potássio sérico (mEq/L)

> 7

6-6,9

 

5,5-5,9

3,5-5,4

3-3,4

2,5-2,9

 

< 2,5

Creatinina sérica (mg/dL) dobrar pontos se IRA

> 3,5

2-3,4

1,5-1,9

 

0,6-1,4

 

< 0,6

   
Hematócrito (%)

> 60

 

50-50,9

46-49,9

30-45,9

 

20-29,9

 

< 20

Número de leucócitos

> 40

 

20-39,9

15-19,9

3-14,9

 

1-2,9

 

< 1

Escala de Glasgow para o coma Escore = (15-escore atual)                  
Total do escore fisiológico agudo                  
Bicarbonato sérico (mEq/L) (usar se não coletar gasometria)

> 52

41-51,9

 

32-40,9

22-31,9

 

18-21,9

15-17,9

< 15

b) PONTOS PARA A IDADE          
Pontos

0

2

3

5

6

idade (anos)

< 44

45-54

55-64

65-74

> 75

C) PONTOS PARA DOENÇA CRÔNICA
Se o paciente tem uma história de insuficiência grave de órgãos ou é imunocomprometido; assinale pontos como se segue:
a) Para pacientes não-cirúrgicos ou pós-operatórios de emergência: 5 pontos
b) Para pacientes de pós-orperatórios eletivos: 2 pontos
Definições: a insuficiência de órgão ou o estado de imunodepressão deve ser evidente antes da admissão hospitalar e deve obedecer o seguinte critério:
Fígado: Cirrose comprovada por biópsia, hipertensão portal documentada; episódios passados de hemorragia gastrintestinal atribuídos à hipertensão portal; episódios anteriores de insuficiência hepatíca, encefalopatia ou coma
Cardiovascular: New York Association classe IV
Respiratória: Doença crônica restritiva, obstrutiva ou vascular resultando em grave restrição ao exercício, isto é, incapaz de subir escadas ou fazer serviços domésticos; hipóxia crônica documentada, hipercapnia, policitemia secundária, hipertensão pulmonar grave (> 40 mmHg); dependência de prótese ventilatória
Renal: Recebendo diálise cronicamente
Imunocomprometido: Paciente tem reebido terapia que suprime a resistência à infecção, isto é, imunossupressores, quimioterapia, radioterapia, corticóides  cronicamente ou recente em altas doses; doença que é suficientemente avançada para suprimir a resistência à infecção, isto é, leucemia, linfoma, AIDS
ESCORE APACHE II = A + B + C

Avaliação da mortalidade

Escore (pontos)

Risco de mortalidade
0-4 aproximadamente 4 %
5-9 aproximadamente 8%
10-14 aproximadamente 15%
15-19 aproximadamente 25%
20-24 aproximadamente 40%
25-29 aproximadamente 55%
30-34 aproximadamente 75%
> 34 aproximadamente 85%

 

Coeficientes
Pacientes não-operatórios
Insuficiência respiratória
Asma/alergia

-2,108

DPOC

-0,367

SDRA (SARA)

-0,215

Parada respiraória

-0,168

Aspiração/envenenamento/tóxico

-0,142

Embolia pulmonar

-0,3120

Infecção

0

Neoplasia

0,891

Insuficiência cardiovascular:
Hipertensão

-1,798

Distúrbio do ritmo

-1,368

Insuficiência cardíaca congestiva

-0,424

Choque hemorrágico/hipovolemia

0,493

Doença coronariana arterial

-0,191

Sepse

0,113

Choque cardiogênico

-0,259

Aneurisma dissecante torácido ou abdominal

0,731

Parada cardíaca

0

Trauma
Trauma múltiplo

-1,228

Trauma craniano

-0,517

Neurológico
Desordens convulsiva

-0,584

Hemorragia cerebral

0,723

Outras
Overdose de drogas

-3,353

Cetoacidose diabética

-1,507

Hemorragia gastrintestinal

0,334

IMOS
Metabólico/renal

-0,885

Respiratório

-0,890

Neurológico

-0,759

Cardiovascular

0,470

Gastrintestinal

0,501

Pacientes pós-operatórios
Trauma múltiplo

-1,684

Admissão devida à doença cardiovascular crônica

-1,376

Cirurgia vascular periférica

-1,315

Cirurgia cardíaca valvular

-1,261

Craniotomia por neoplasia

-1,245

Cirurgia renal por neoplasia

-1,204

Transplante renal

-1,042

Traumatismo craniano

-0,955

Cirurgia torácica por neoplasia

-0,802

Craniotomia por hemorragia cerebral

-0,788

Laminectomia e outras cirurgias da coluna vertebral

-0,699

Choque hemorrágico

-0,682

Hemorragia gastrintestinal

-0,617

Cirurgia gastrintestinal por neoplasia

-0,248

Insuficiência respiratória pós-cirurgia

-0,140

Perfuração/obstrução abdominal

0,060

Sepse

0,113

Parada cardíaca

0,393

Parada respiratória

-0,168

Outros
Cardiovascular

- 0,797

Respiratório

-0,610

Gastrintestinal

-0,613

Metabólico/renal

-0,196

Neurológico

-1,150

 Valor preditivo do APACHE II - Grupos do APACHE II

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4
A – 0-4 pontos A – 10-14 pontos A – 20-24 pontos > 30 pontos
B – 5-9 pontos B – 15-19 pontos B – 25 – 29 pontos  

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Erro na coleta de dados do APACHE II

  1. Os dados registrados devem ser os piores nas primeiras 24 horas de UTI. Os erros de coleta de dados pode ser de até 18%
  2. Outro problema grave é a omissão de dados, pois se não se dispõe de um determinado dado deve ser considerado com normal, que induz um erro metodológico e uma sub-estimação da mortalidade.

 Recomendações para o uso do APACHE II

  1. A determinação do APACHE II somente deverá ser realizada nos pacientes que permanecer por pelo menos 8 horas na terapia intensiva
  2. Por não se dispor de valores específicos, deverá ser utilizados os valores descritos por Knaus
  3. Os dados do APACHE serão coletados do prontuário do paciente, dos resultados de exames laboratoriais e colocados em formulário próprio
  4. Os dados serão coletados ao final das primeiras 24 horas, sendo o melhor valor da escala de Glasgow e o pior valor das demais variáveis
  5. Nos pacientes sem lesão do SNC e fazendo uso de sedativos e/ou relaxantes musculares, deverá ser considerado o Glasgow como normal. Pacientes com lesão do SNC deverão ser avaliados quando não estiverem sobre efeito de relaxantes musculares e sedativos.
  6. Para aferição da temperatura sempre se usará temperatura retal
  7. Se faltar algum exame laboratorial deverá ser considerado como normal
  8. Se o paciente se encontra em ventilação mecânica por insuficiência respiratória, seja qual for a causa, assinalar 4 pontos no item frequência respiratória
  9. Para o uso da PaO2 e A-aDO2, deverá ser usada a PaO2 se a FiO2 for menor que 50, usar a A-aDO2 se for maior que 50
  10. Na presença de insuficiência renal aguda a pontuação da creatinina deverá ser multiplicada por 2
  11. Na valorização do estado prévio de saúde, será assinalado 5 pontos para pacientes clínicos e pós-operatório imediato de cirurgia de emergência e 2 pontos para cirurgias eletivas